Nossa conterrânea, Yane Marques, garante o ouro no pentatlo moderno!
A brasileira Yane Marques faturou a medalha de ouro no pentatlo moderno nos Jogos Pan-Americanos. Com a pontuação total de 5484, ela ficou bem à frente da canadense Monica Pinette e da norte-americana Michelle Kelly, que com 5288 e 5252, respectivamente, ficaram com a prata e o bronze.
Yane iniciou mal a competição, terminando apenas na quinta colocação do tiro, mas se recuperou nas provas seguintes- esgrima e natação - e abriu larga vantagem.
Mesmo sem ter ido bem na prova de hipismo, com a 10ª colocação entre 14 atletas, a brasileira manteve a liderança da competição e teve direito a largar no atletismo com 1min24s de vantagem em relação à segunda colocada, a canadense Monica Pinette.
De acordo com as regras do pentatlo moderno, os pontos conquistados nas quatro primeiras provas se transformam em minutos de vantagem para a largada dos 3000 m do atletismo.
Com a folga, ela só teve que administrar na última prova para ficar com o ouro. Com o tempo de 11min43s01, Yane obte apenas a 10ª colocação na corrida, posição que lhe foi suficiente para assegurar o primeiro lugar.
Aos 22 anos, Yane Marques já surpreendeu inclusive os dirigentes brasileiros da modalidade. Em 2006, ela superou experientes atletas e conquistou o Campeonato sul-americano.
Com menos de quatro anos dedicados ao esporte, Yane já ocupa a décima colocação no ranking mundial e terminou na 26ª colocação da última Copa do Mundo da modalidade, disputada na Inglaterra, na última temporada.
A outra brasileira da prova, Larissa Lellis, terminou na oitava colocação na classificação geral, com 4892 pontos.
No tiro, primeira prova do cronograma, Larissa terminou na 14ª e última colocação e tentou se recuperar nas provas seguintes. A brasileira chegou a ficar na terceira colocação na natação, o que acabou sendo insuficiente para que ela lutasse por medalha.
Matéria publicada no UOL Pan 2007.
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No Rio de Janeiro, Yane Marques faturou a medalha de ouro. Depois de um desempenho ruim no tiro, ela se recuperou e foi muito bem na esgrima e na natação, o que lhe garantiu a primeira colocação.
Aos 22 anos, dos quais menos de 4 dedicados ao esporte, Yane Marques não apenas já é a primeira do ranking nacional, como surpreendeu até os dirigentes do país ao bater atletas experientes e sagrar-se campeã sul-americana em 2006.
A pernambucana já figura no 10º lugar no ranking mundial do pentatlo moderno, além de acumular resultados expressivos nas última temporada. Yane foi vice-campeã pan-americana no México e conquistou a 26ª colocação na Copa do Mundo, disputada na Inglaterra.
Segundo o presidente da CBPM, Hélio Meireles, o entusiasmo não é exagero, uma vez que são necessários 10 anos para uma formação completa no pentatlo. No caso de Yane, o "fenômeno" é ainda mais notável, uma vez que a atleta teve de aprender a praticar quase todos os estilos da modalidade.
"Tivemos que ensiná-la princípios básicos de esgrima, tiro e equitação", conta o técnico da atleta, capitão Alexandre França. "Mais do que isso, até a corrida teve de ser revista, porque ela não tinha porte de atleta."
Yane conta que a transformação foi mesmo completa. "Nunca tinha nem corrido de verdade, no máximo só brincando de pega", conta a pernambucana.
Matéria publicada no UOL Pan 2007.
Leia comentário sobre Yane publicado na VEJA Rio: Especial PAN
YANE MARQUES: GUERREIRA DO SERTÃO
Nascida em Afogados da Ingazeira, no sertão pernambucano, Yane Marques é o principal nome no país em um esporte que exige inúmeras habilidades de seus praticantes. Trata-se do pentatlo moderno, modalidade que reúne cinco competições diferentes. Até 2003, ela não fazia a menor idéia do que era. Yane praticava biatlo (corrida e natação), quando foi convidada por Alexandre França, atual técnico da equipe brasileira, a tentar o pentatlo. Ela imaginava que uma das provas era de ciclismo. Na verdade, além de corrida e natação, o pentatlo – que tem origem militar – inclui equitação, esgrima e tiro. "Não tinha a menor noção de nenhum deles, mas fui em frente e aos poucos ganhei confiança", diz Yane, que tem 23 anos e muita esperança de chegar ao pódio. "No início, eu respeitava demais a adversária na esgrima. Hoje vou para cima. Afinal, eu também tenho espada para enfrentá-la."
Matéria publicada na VEJA Rio: Especial PAN 2007.
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